A crenças do não-merecimento
A crenças do não-merecimento Imagine que você adota um cãozinho vira lata que vivia na rua, bem magrinho e cheio de pulga. Você o leva para a sua casa, alimenta com a melhor ração, dá banho, trata, leva ao veterinário e o enche de carinho. Será que esse cãozinho iria pensar “eu não mereço nada disso, meus amigos na rua passando fome e eu aqui com esse luxo todo...”. Imagine tudo isso sendo falado em um tom dramático de culpa e “humildade”. E assim ele começa a se sabotar. Não come mais a ração e pede para o dono comprar outra mais baratinha. Diz também que não precisa de tanto assim. Pra que tanto conforto? E os colegas da rua que não tem nada disso? E o que ele fez para merecer tudo de bom? Por que outros não tem acesso as mesmas coisas que ele? É claro que um cachorro jamais agiria dessa forma. Ele apenas aceita e aproveita tudo que lhe é ofertado, sem medo nem culpa. O animal não precisa de razões para justificar ter uma vida boa ou uma vida melhor do que os outros. O simples fa